quinta-feira, 9 de maio de 2013

Têmporas e Rogações


Têmporas

As Quatro Têmporas do ano são os dias em que a Igreja ora, insistentemente, a Deus dando-lhe graças e pedindo-lhe pelas várias necessidades da humanidade, pelos frutos do campo e pelo trabalho dos homens. No começo das quatro estações (daí «quatro Têmporas» ou tempos), dedicavam-se os três dias mais penitenciais da semana – quarta-feira, sexta-feira e sábado –, ao jejum e à oração, com essas intenções. Parece uma instituição de origem claramente romana, talvez já desde o século V, em conexão com a vida agrícola e o ritmo das estações do ano. Caíam na primeira semana da Quaresma, na semana a seguir ao Pentecostes, nos dias seguintes ao 14 de Setembro (Exaltação da Cruz) e no Advento.

Na última reforma do Calendário, deixou-se ao critério de cada Conferência Episcopal, «tendo em conta as necessidades locais», a adaptação das datas e conteúdos destas Têmporas «às diversas regiões e às diversas necessidades dos fiéis» (NG 45-47; cf. EDREL 675-677).

Algumas Conferências Episcopais, por se ter perdido entre nós o sentido desta tradição, optou por suprimir a celebração das “Quatro Têmporas”, mantendo somente a das Rogações.


Rogações

As «rogações», do latim, rogare (pedir), são as orações de petição que uma comunidade faz em determinados tempos ou por algumas intenções especiais, muitas vezes em forma de procissão e com o canto das Ladainhas dos Santos.

No século V, Mamerto, bispo de Vienne (França), estabeleceu umas rogações em 25 de Abril, com o inconveniente de caírem sempre no Tempo Pascal.

As rogações – dando graças a Deus, pedindo a chuva, uma boa colheita, o fim de uma epidemia ou a libertação de algum outro mal que ameaça toda a comunidade – relacionam-se sobretudo com as Quatro Têmporas do ano. «Para que se adaptem às diversas regiões e às diversas necessidades dos fiéis, é conveniente que as Conferências Episcopais determinem o tempo e o modo de as celebrar». (cf. NG 45-47, in EDREL 675-677).


Na sociedade contemporânea que se urbaniza, essas práticas praticamente desapareceram.


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