quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

"Da mihi animas!" Dom Bosco, ora pro nobis!

"Vinde benditos de meu Pai, recebei por herança o Reino preparado para vós desde a fundação do mundo." (Mt 25,34) 

Ora pro nobis!
São João Bosco foi o fundador dos padres salesianos e das irmãs salesianas, muito aceites pelos seus trabalhos junto dos jovens de todo o mundo.

A oração da missa revela o conteúdo da vida deste santo: "Deus suscitou Dom Bosco para dar à juventude um mestre e um pai".

Pouca gente se lembra que São João Bosco viveu no século XIX, na Itália, numa época religiosamente confusa, marcada pela luta entre conservadores e liberais. Marcada também pelo afastamento dos operários, que da Igreja passaram para o socialismo. E marcada ainda pelo afastamento dos intelectuais, que debandaram para o Modernismo.

Com a fundação de Oratórios Festivos, Dom Bosco, reuniu os filhos desses operários abandonados, e levou as salesianas, também chamadas de "Filhas de Maria Auxiliadora", a cuidar das meninas deixadas ao abandono.

Esquecemos, por vezes, que o nosso Santo foi escritor e que marcou, como tal, o seu tempo e o nosso. De sua iniciativa surgiram as Leituras Católicas, em fascículos mensais, e uma Biblioteca da Juventude. A máxima do Santo, é bem conhecida: "Mais vale prevenir do que remediar".
Morreu aos 73 anos, em 1888.

Crítica construtiva:

Uma pena é ver que os salesianos perderam muito dessa inspiração de santidade de Dom Bosco, seja como educadores ou religiosos. Não usam sequer o  clergyman... O sistema educacional é "caído", as apostilas de estudos dos colégios ensinam o marxismo!!! As aulas específicas de religião não são mais católicas, mas "universais"... 

Isso tudo acompanhei de perto, dentro de um colégio salesiano, e ainda acompanho outras coisas em uma paróquia salesiana que frequento.
Enfim... o carisma da juventude não  se perdeu da família salesiana, no entanto, o carisma de formar uma juventude santa sim, cada vez mais se perde em prol de lucros e "boa fama". 

REFORMA JÁ!!! E isso é comum e serve a várias outras congregações... jesuítas, franciscanas, lassalistas... etc, etc, etc!


Fonte:

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Tragédia em Santa Maria - RS


CELEBRAÇÃO FÚNEBRE NA BASÍLICA DA MEDIANEIRA 
PELOS MORTOS DA TRAGÉDIA DO DIA 27/01/2013 

28/01/2013

Irmãs e irmãos amados do Senhor: 

Estamos profundamente consternados pela tragédia ocorrida ontem de madrugada em Santa Maria na Boate Kiss quando morreram 230 jovens. 

No sofrimento a comunidade cristã se reúne no Santuário Basílica para celebrar o Mistério Pascal do Senhor. Queremos adorar o Senhor, bendizer seu nome santíssimo, escutar sua Palavra e pedir misericórdia e força para este momento de tanta dor e imensos gestos de solidariedade. 

A Palavra de Deus nos fortalece na solidariedade, nos ilumina e nos dá força e esperança nesta hora dura da provação, da angústia e sofrimento. O Senhor está conosco. Ele não abandona seu povo amado. 

É hora de silenciar e escutar a voz de Deus. É hora de reativar a nossa fé e dizer: “Não entendemos, mas cremos no amor de Deus”. É hora de não julgar e não condenar ninguém. Nem acusar, de sofrer em silêncio, na fé e no amor. 

É hora de dizer: “Eu creio, Senhor, mas aumenta a minha fé”. 

- Quando escutei perplexo, lá em Vitória do ES a notícia, após uma bela Missa com um grupo de irmãos bispos e a Capela Sagrado Coração de Jesus lotada, lembrei-me da dor das mães e dos pais e familiares dos jovens mortos. Imaginei Maria Desolada que recebia Jesus morto descido da cruz em seus braços. Que dor! Que sofrimento! 

- Maria, porém, não se desesperou. Ela sabia que Jesus fora imolado pela nossa salvação. 

Nessa tragédia de Santa Maria, as mães, os pais, os irmãos, os parentes, os amigos não desesperamos, antes: - abraçamos esta dor, esta cruz e dizemos: “Pai, em vossas mãos colocamos nossas lágrimas, nossa dor, nossos sofrimentos. Que tudo seja instrumento de redenção. Tende misericórdia de nossos jovens. Perdoai seus pecados. Acolhei suas vidas, seus últimos desejos. Que nada se perca, mas tudo se transforme em misericórdia e redenção”. 

Como irmãos de fé manifestamos aos pais, familiares e amigos nossa solidariedade, nosso apoio e oração. 


O que dizer nesta hora? 

Perguntei a um vizinho desconhecido ao lado no avião o que deverei dizer ao povo ? Ele me respondeu: “Consolo”. 

Sim. Queremos em nome do Senhor dar uma palavra de consolo, solidariedade e fazer nossa oração confiante. 

- Nesta hora olhamos para Jesus, nosso Deus e Senhor, nosso Salvador. 

- Olhamos para Maria Desolada: a Mãe que acolhe em seus braços seu Divino Filho morto na cruz por nosso amor, pela nossa salvação. 

- Olhamos para o alto, para o céu: nossa pátria definitiva. A terra não é nossa morada definitiva. Esta vida é passageira, é fugaz. 

- Olhamos para os valores que não passam: Deus não passa. O bem que fazemos, não passa. 

O que levamos para a outra vida? Os bens? A beleza, a juventude? – Leveamos somente o bem que fazemos e o quanto amamos. 

Que essa tragédia, que nos entristece profundamente, seja para todos um novo passo na fé e na esperança. Estamos no Ano da Fé e de Jornada Mundial da Juventude: 

Fé e Juventude: duas realidades que atingem nossas famílias, educadores, Igreja e sociedade. 

Pais e mães, irmãos em Jesus Cristo: reavivemos nossa fé na dor e na escola da esperança. Cristo Jesus caminha conosco. Ele ama nossos jovens. Ele os chama. Ele conta com a generosidade e o encantamento de nossos jovens. 

Jovens: orem, reflitam sobre o que Deus quer nos dizer com essa tragédia. Deus fala para as famílias, para as Igrejas e para toda nossa sociedade. Deus está nos falando muitas coisas. É hora de nos prepararmos todos para a imensa graça da Jornada Mundial da Juventude na Semana Missionária e na Jornada no Rio de Janeiro nos dias 23 até 28 de julho próximo com o Santo Padre. Depois dum grande sofrimento, certamente virão abundantes frutos e graças. Portanto, como não escutar a voz, os sinais de Deus Amor? 

Recorramos à Mãe Maria, Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças. Ela sabe nos escutar, ajuda a enxugar nossas lágrimas, consola nossas dores. 

Mãe de Jesus e nossa Mãe: ajuda-nos agora e sempre. Amém!

Dom 
Hélio Adelar Rubert
Bispo da Arquidiocese de Santa Maria - RS



Mensagem do Papa Bento XVI sobre a tragédia em Santa Maria
Exmo Revmo Dom Hélio Adelar RubertArcebispo de Santa Maria

Consternado pela trágica morte de centenas de jovens em um incêndio em Santa Maria, o Sumo Pontíficie pede a Vossa Excelência que transmita às famílias das vítimas suas condolências e sua participação na dor de todos os enlutados. Ao mesmo tempo em que confia a Deus Pai de misericórdia os falecidos, o Santo padre pede ao céu o conforto e restabelecimento para os feridos, coragem e a consolação da esperança cristã para todos atingidos pela tragédia e envia, a quantos estão em sofrimento e ao mesmo procuram remediá-lo, uma propiciadora bênção apostólica.
Cardeal Tarcísio Bertone
Secretário de Estado de Sua Santidade


Fonte:
CN Noticias
Arquidiocese de Santa Maria

Santo Tomás de Aquino - sacerdote e doutor da Igreja

"Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e arruinar a sua vida? Pois o que daria o homem em troca de sua vida?" (Mc 8,36-37)


Hoje a Igreja celebra um dos maiores santos da História: São Tomás de Aquino. É o autor da Suma Teológica e pertenceu à Ordem dos padres dominicanos. 

Costuma ser indicado como o maior teólogo da Idade Média, como também, mestre dos teólogos até aos dias de hoje. Declarado "Doutor da Igreja", em 1567, e Padroeiro das Universidades, Academias e Colégios católicos, em 1880. 

Foi de facto um gênio  que poderia ter-se perdido, não fora ter-se libertado das atrações mundanas da sua classe, pois era rico, nobre e cerceado em seu desenvolvimento pela própria família. Foi em Paris - o maior centro de estudos teológicos do seu tempo - que ele pôde compor a sua gigantesca obra a Suma Teológica, verdadeira síntese do passado e intuição do futuro. Até hoje, essa obra não encontrou similar, nem em matéria de Filosofia nem em matéria de Teologia. 

Por vezes, esquecemos, atrás do sábio, a grandeza do santo. E Santo Tomás soube desapegar-se das grandezas do mundo, para revelar o amor mais profundo à oração e à contemplação. Tornou-se, assim, o modelo de todos os que buscam a Deus, vivendo segundo o plano divino.



sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Vaticano prepara manual para ajudar sacerdotes a celebrar melhor a missa


Cardeal Cañizares: a missa deve emocionar, mas sem virar espetáculo
Por Sergio Mora


ROMA, 17 de Janeiro de 2013 (Zenit.org) - A Congregação para o Culto Divino e para a Disciplina dos Sacramentos está preparando um pequeno manual destinado a ajudar os sacerdotes a celebrar devidamente a santa missa e também os fiéis a participarem dela com mais proveito. O cardeal Antonio Cañizares adiantou a novidade durante uma conferência na embaixada da Espanha perante a Santa Sé, intitulada “A liturgia católica a partir do Vaticano II: continuidade e evolução”.

“Estamos preparando. [O manual] vai ajudar a celebrar bem e a participar bem. Eu espero que ele saia ainda este ano, para o verão [no hemisfério norte]”, declarou o purpurado a ZENIT.

O cardeal, durante a conferência, reiterou a importância dada pelo concílio Vaticano II à liturgia, “cuja renovação deve ser entendida em continuidade com a tradição da Igreja e não como ruptura”. Ruptura seja por inovações que não respeitam a continuidade, seja por imobilidade que amarra tudo à época de Pio XII, completou Cañizares.

O cardeal recordou em particular a importância que o primeiro documento conciliar, Sacrosantum Concilium, concede à sagrada liturgia, por cujo meio “é exercida a obra da nossa redenção, em especial no divino sacrifício da eucaristia”. “Deus quer ser adorado de maneira concreta e nós não somos ninguém para mudá-la”. Cañizares especificou que, quando se fala de Igreja renovada, não se deve entender uma mera reforma de estruturas, mas uma mudança a partir da liturgia, pois é a partir da liturgia que se opera a obra da salvação.

Não pode ser esquecido, além disto, o que diz o documento conciliar: “Cristo está sempre presente na sua Igreja, principalmente na ação litúrgica. Ele está presente no sacrifício da missa, seja na pessoa do ministro, 'oferecendo agora pelo ministério dos sacerdotes o mesmo que foi oferecido na cruz', seja nas espécies eucarísticas”.

O cardeal enfatizou que a finalidade da liturgia “é a adoração de Deus e a salvação dos homens”, e que “não se trata de uma criação nossa, mas de uma fonte e ápice da Igreja”. O prefeito da Congregação para o Culto Divino e para a Disciplina dos Sacramentos criticou abusos existentes, como a espetacularização, mas elogiou os momentos de silêncio, “que são momentos de ação”, já que permitem ao sacerdote e aos fiéis falar com Cristo. A atitude equilibrada “é aquela indicada por São João Batista, quando ele afirma que deseja diminuir para que o Messias cresça”.

Sobre a animação da missa com cantos, Cañizares disse que é necessário priorizar o entendimento do mistério, em vez de transformar a missa em um show para superar "a monotonia".

Acrescentou que o concílio não falou da missa voltada ao povo, o que permitiu que Bento XVI celebrasse a missa na Capela Sistina voltado para o altar; isto não exclui que o padre se volte para o povo, em particular durante a palavra de Deus.

Destacou ainda a necessidade da noção do mistério e de alguns particulares interessantes que eram respeitados antes, como o altar voltado para o oriente e a consciência mais clara do sentido da eucaristia como sacrifício.

Interrogado pela embaixadora do Panamá junto à Santa Sé a respeito da ação das culturas autóctones na liturgia, o cardeal precisou que “o concílio fala da adaptação da liturgia”, respeitando “as legítimas variedades”, sem que elas eliminem os princípios. Recordou, a propósito, uma experiência pessoal que viveu na Espanha, no domingo de Ramos, quando, em uma missa cigana, um jovem cantou o 'Cordeiro de Deus' no gênero flamenco, “um verdadeiro suspiro da alma que emocionou e fez toda a assembleia participar vivamente”.

Cañizares analisou o fato de em muitas igrejas o Santíssimo ser posto num altar ou capela lateral, fazendo com que “o sacrário desapareça”: com isto, as pessoas conversam antes da missa e se prepararam menos para ela.

Sobre o caso Lefebvre, o cardeal recordou que Bento XVI ofereceu uma medida de reconciliação à qual eles não corresponderam, e que “pensar que a tradição fica em Pio XII também é ruptura”.