domingo, 26 de dezembro de 2010

Solenidade da Sagrada Família

Foi o próprio Deus que idealizou a família. Os filhos, que são dons d'Ele, devem ser o centro das famílias tal qual o Menino Deus foi na família de Nazaré. E assim como o Anjo de Deus guiou São José, as nossas famílias devem ser guiadas por Deus!

Nossa Senhora do Desterro - O Anjo de Deus guiando a Sagrada Família

"Se queremos ser verdadeira família devemos imitar o exemplo da Sagrada Família, que dobraram os seus joelhos, se colocaram diante de Deus, do qual provém toda paternidade, e o adoraram.
E então, adorando o Senhor, vamos carregando nossa cruz aqui na terra, sabendo que atrás de cada cruz Deus tem uma ressurreição escondida para nós. E peregrinos que somos, estrangeiros que somos, como a Sagrada Família exilada no Egito, vamos caminhando para a Pátria, a casa do Pai, que Jesus preparou para nós." (Pe. Paulo Ricardo)


Mensagem Doutrinal


A família de Deus. Quando falamos da família de Deus, só podemos fazê-lo de modo analógico. Em Deus não há sexualidade e, portanto, não existe um pai por um lado e uma mãe por outro. Também não há uma multiplicidade de natureza, e conseqüentemente uma mesma e única natureza é participada pelo Pai e pelo Filho. Contudo, a revelação nos fala de Deus como Pai, de Jesus Cristo como o Filho natural de Deus e dos cristãos como filhos adotivos de Deus. As características mais bonitas e plenas do pai e da mãe podem ser encontradas em Deus de modo eminente: seu amor generoso, desinteressado, sua capacidade de doa-ção, sua fecundidade, sua dedicação aos filhos, seu desejo de que cresçam sãos e sejam felizes. O cristão é um filho no Filho, e por isto, o Pai somente re-conhece como filhos aqueles que assimilam as mesmas características filiais de Jesus Cristo, seu Filho. Diante da realidade da família divina, são João exclama: "Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: de sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos!". No evangelho, quando encontram Jesus perdido no Templo há três dias, ele diz: "Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo estar na casa de meu Pai?". É preciso que as nossas famílias se elevem até a família de Deus porque, de certo modo, ela é o estereótipo da família humana.

Sugestões Pastorais


Ser e fazer a família. Antes de mais, é necessário ser família. Isto quer dizer, com um pai, uma mãe e pelo menos um filho. O respeito ao ser humano é um pressuposto essencial, mas, ao mesmo tempo, penso que devemos ser claros e chamar cada coisa pelo nome. Creio que duas lésbicas com uma criança não são família, assim como dois homossexuais com uma criança também não são. Nestes casos, pelo menos na maioria das vezes, o fato é que nem Deus conta nem se conta com Deus.

Em segundo lugar, sendo família, devemos fazer a família. Ou seja, construir a cada dia o edifício familiar. A família se constrói com a colaboração de todos os seus membros, cumprindo cada um com as próprias funções, pai, mãe e filhos. Se as funções ou os papéis se modificam ou ultrapassam suas competências, a família não se constitui. Por exemplo, quando são os pais os que obedecem aos caprichos do filho ou dos filhos, ou os filhos sofrem com os caprichos dos pais (divórcio, amantes...). O edifício da família é uma construção inacabável, uma obra para toda a vida. É uma tarefa que exige o sacrifício de todos (esposos, pais, filhos) para que todos sejam felizes.

Salvem a família!


Hoje em dia podemos ver com clareza que a família está sendo atacada por muitos lados. É bem verdade que, até agora, a instituição familiar, apesar de muitas derrotas, tem resistido bem aos ataques. Cada vez parece mais claro aos políticos, sociólogos e aos homens dos meios de comunicação que a voz unânime da Igreja Católica, especialmente intensa a partir do século XX, de salvar a família para salvar a sociedade e o homem, é uma voz profética e cheia de sabedoria. A Igreja e todos os homens retos e justos devem elevar a voz muito alto para gritar: "Salvai a família!". Devemos salvá-la da linguagem errônea que a persegue por todos os lados. Devemos salvá-la de todos os vírus que a destroem: divórcio, infidelidade, mentalidade hedonista, in-dividualismo egoísta. Devemos salvá-la promovendo o sentido da família, valorizando a riqueza humana e espiritual da família. Devemos salvá-la formando os jovens no amor, na responsabilidade, na entrega e na capacidade de doação. Devemos salvá-la oferecendo diversos modelos de autêntica família. Ninguém pode fugir. Todos temos par-te nesta grande tarefa de salvar a família.


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