Que inspiração o Pe. Paulo Ricardo e Equipe têm!! Eu sempre tive raiva dessa imagem de Jesus Cristo Fanfarrão-Cabeludo!!! E diariamente escuto da boca de pagãos e até mesmo de católicos, esse tipo de crença no Jesus Paz, Amor e Revolução! Afff!!!
Jesus
não é um hippie "paz e amor, bicho", nem um revolucionário politiqueiro.
Isso são ídolos. Jesus é Deus, portanto, que o homem seja apenas aquilo
que ele deve ser: um adorador!
![](https://padrepauloricardo-staging.s3.amazonaws.com/uploads/imagem/imagem/562/jesus-do-mundo-blog.jpg)
Uma grande revista de circulação nacional estampava em sua capa, anos
atrás, o rosto de Jesus rodeado por símbolos hippies, com a seguinte
manchete: "Deus é pop". A reportagem tratava da espiritualidade juvenil e
da maneira particular com que cada um se relacionava com o divino. A
revista ainda fazia questão de enfatizar as peculiaridades desses novos
movimentos, sobretudo as novidades, como altar em forma de prancha, uso
de rock n'roll durante os cultos, grandes baladas "cristãs", etc.
O que a matéria reflete não é uma novidade na história. Pelo contrário, ao
longo dos séculos o que mais se viu foi a tentativa de desmontar Jesus
Cristo, tomando apenas partes de seu Evangelho em detrimento de outras,
somente para saciar ou atender às próprias veleidades. Esses
que querem esquartejar Jesus (como se não bastasse a Crucifixão), dizem
aceitar o Amor, mas se esquecem que esse Amor não compactua com nenhuma
forma de mal nem com o pecado. Esquecem-se que o Amor também significa
compromisso consigo mesmo e com o próximo. Que a misericórdia também
significa justiça. Enfim, escolhem as partes de Jesus que mais lhes convém, como se Ele estivesse exposto numa prateleira de mercado.
Essa tendência de se tomar a parte pelo todo, segundo o Papa Emérito
Bento XVI no livro Jesus de Nazaré, ficou mais evidente a partir da
década de 1950. Ela se reflete nas adaptações de Cristo às várias
modalidades de culto facilmente encontradas hoje em dia e que acabam por
revelar um dramático empobrecimento da fé cristã, devido a uma recusa à
personalidade "exigente" e "comprometedora" do Jesus original.
Qual o motivo dessa recusa? A resposta pode ser encontrada nas
palavras de São Paulo à comunidade dos Romanos: "Trocaram a verdade de
Deus pela mentira, e adoraram e serviram à criatura em vez do Criador,
que é bendito pelos séculos" (Cf. Rm 1, 25). Colocaram-se acima do Criador e fizeram-se senhores do "bem" e do "mal". E é por isso que se faz necessário aos missionários do mundo
corromper a verdadeira imagem do Salvador num garotão patético que
aceita tudo pela "paz" e o "amor". A presença da Igreja no mundo é como a
presença de uma mãe no quarto de um filho que aprontou. Ele sempre
tentará convencê-la, seja por desculpas, seja por birras, a abonar suas
traquinagens. Mas uma mãe que ama jamais o fará, quanto mais a Igreja!
Outra motivação para esta recusa pode ser encontrada nas teologias
modernas que, na ânsia de "salvarem" Jesus das indagações científicas,
concebem-No irreconhecível. Este mais representa um retrato ideológico
que o próprio Verbo Encarnado. O patriarca de Veneza, Dom Francesco
Moraglia, compara essa atitude a dos Discípulos de Emaús, pois são os
teólogos que querem dizer para Cristo quem de fato Ele é:
"Vemos a imagem de uma certa teologia, mais desejosa do que iluminada, totalmente dedicada à árdua e improvável tentativa de salvar, através de suas próprias categorias, Jesus Cristo e a Sua Palavra. Mas, nesta imagem, somos representados nós mesmos, cada vez, com nossa programação pastoral, com nossos projetos e debates, à parte de uma verdadeira fé, pretendemos explicar a Jesus Cristo quem Ele é", Dom Francesco Moraglia.
Ora, não é o ser humano que diz a Jesus quem Ele é, mas é Jesus,
verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que diz quem é o ser humano. Adaptar
Cristo a um estilo de vida não condizente à reta vivência cristã
reflete um apego aos prazeres do mundo, no qual se faz mais importante o
vício que o Cristo crucificado. Não, Jesus não é um hippie "paz
e amor, bicho", nem um revolucionário politiqueiro. Isso são ídolos.
Jesus é Deus, portanto, que o homem seja apenas aquilo que ele deve ser:
um adorador!
Fonte: Padre Paulo Ricardo
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