Vinde a mim, todos vós que estais cansados
e penais a carregar pesado fardo,
e descanso eu vos darei, diz o Senhor.
Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim,
porque sou manso e humilde de coração,
e encontrareis descanso para vossas almas,
pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.
O culto à humanidade de Cristo e ao Seu Coração, que sempre
existiu na Igreja, conheceu um grande incremento a partir das revelações
privadas a Santa Margarida Maria Alacoque (1673-75), as quais
despertaram entre os cristãos uma consciência mais viva do mistério do
amor de Cristo.
A devoção ao Sagrado Coração de Jesus foi
reconhecida pela Igreja cerca de um século mais tarde: em 1765, Clemente
XIII aprovou a Solenidade do Sagrado Coração e, em 1856, Pio IX
inseriu-a no calendário da Igreja universal.
A devoção ao Coração
de Jesus foi "um meio providencial" pra a renovação da vida cristã. Com
efeito, certas doutrinas tinham desfigurado uma das verdades essenciais
ao cristianismo - o amor de Deus para com todos os homens. Pela devoção
ao Sagrado Coração, o Povo de Deus reagiu "contra uma concepção
demasiado rigorista das relações entre Deus e o homem - concepção que,
levada às últimas consequências, seria o renascer da ideia pagã de um
Deus vingador e, portanto, a anulação da história da salvação e da
incessante misericórdia divina" (Thierry Maertens).
Levando-nos a
amar a Cristo e a compartilhar do Seu amor pelo Pai e pelos homens, a
devoção ao Coração de Jesus leva-nos também a promover aquela
solidariedade universal que é uma exigência da fraternidade. O mistério
do Coração de Cristo torna-se, assim, o caminho para a plena libertação
do homem, libertação tantas vezes procurada através de caminhos que só
conduzem à degradação da mesma dignidade humana.
Oração
Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, alegrando-nos pela solenidade do Coração do vosso Filho, meditemos as maravilhas de seu amor e possamos receber, desta fonte de vida, uma torrente de graças. Por Cristo, nosso Senhor.
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